Esse projeto visa a criação de um vídeo documentário que retrate a percepção dos catadores de materiais recicláveis no lixão da cidade de Esmeraldas, Minas Gerais, diante do resíduo publicitário. Essa abordagem se deu a partir de uma inquietação em relação aos indivíduos que estão à margem da sociedade. Ao pensarmos nos problemas sociais que temos ao nosso derredor, começamos a indagar qual o melhor meio para darmos visibilidade a essas questões, e então chegamos à conclusão de que o vídeo documentário é o recurso mais apropriado, uma vez que este estilo cinematográfico retrata o cotidiano com uma proximidade maior da realidade. Além disso, dentro da proposta de provocar uma discussão na sociedade a respeito do assunto, o vídeo documentário proporciona uma interação com o interlocutor a fim de despertar seu senso crítico.
Nosso objetivo é propor uma visão a respeito dessas pessoas à margem de uma sociedade de consumo e pesquisar até que ponto a publicidade, mesmo na sua forma residual, consegue comunicar-se com esse público: será que são afetados por ela? Será que a visão de um anúncio, ou de um resíduo dele, desperta neles um desejo de compra? Quais são as reações dessas pessoas frente a essa publicidade residual? Será que, mesmo já deteriorada, a publicidade encontrada no lixão cumpre sua função persuasiva? Para isso, documentaremos, através de um vídeo, as opiniões, percepções e vivências dessas pessoas com a publicidade, para identificarmos até onde os anúncios influenciam a vida delas, seu cotidiano e até mesmo os próprios anseios.
Na elaboração do projeto tivemos que pesquisar os conceitos que permeiam nosso objeto de estudo, a saber: publicidade e consumo, invisibilidade e exclusão social, direitos e cidadania, e, finalmente, vídeo documentário. Após esse processo, escolhemos como método metodológico ideal para a coleta de dados necessários para alcançar os objetivos propostos, a entrevista em profundidade com entrevistas semiabertas e questões semiestruturadas aplicadas aos catadores de materiais recicláveis do lixão da cidade de Esmeraldas, Minas Gerais.
Ao analisarmos as entrevistas aplicadas, concluímos que a publicidade, mesmo em sua forma residual, ainda desperta desejos de consumo, sonhos e, por que não, projeções de vida. Percebemos que a mesma atinge a maioria de tal forma que o desejo se manifesta como em qualquer consumidor potencial. Porém, notamos que esse desejo dá lugar ao sentimento de impossibilidade. A relação dessas pessoas com a publicidade se torna uma espécie de utopia uma vez que o desejo existe, mas a realidade vivida impossibilita a sua realização.
O vídeo nos remeteu para dentro de uma realidade nunca antes vivida, fazendo com que preconceitos fossem quebrados e novos conceitos fossem construídos, à medida que convivíamos com aquelas pessoas. Este projeto nos transformou como pessoas, como cidadãos, trazendo-nos uma visão muito além da teoria. Entramos no universo dos catadores com um sentimento, com várias opiniões e uma visão deturpada daquelas pessoas, porém saímos com uma experiência de vida, tão enriquecedora que jamais conseguiríamos expressar.
Descobrimos que se trata de indivíduos que, embora tenham sonhos e desejos que em sua grande maioria nunca serão realizados, ainda conseguem ter alegria de viver. Ainda que o governo, a sociedade, o consumo, a publicidade, entre outros agentes, muitas vezes não os enxergam, eles possuem seu lugar no mundo, cumprindo a sua função e dando a sua contribuição.
Nosso objetivo é propor uma visão a respeito dessas pessoas à margem de uma sociedade de consumo e pesquisar até que ponto a publicidade, mesmo na sua forma residual, consegue comunicar-se com esse público: será que são afetados por ela? Será que a visão de um anúncio, ou de um resíduo dele, desperta neles um desejo de compra? Quais são as reações dessas pessoas frente a essa publicidade residual? Será que, mesmo já deteriorada, a publicidade encontrada no lixão cumpre sua função persuasiva? Para isso, documentaremos, através de um vídeo, as opiniões, percepções e vivências dessas pessoas com a publicidade, para identificarmos até onde os anúncios influenciam a vida delas, seu cotidiano e até mesmo os próprios anseios.
Na elaboração do projeto tivemos que pesquisar os conceitos que permeiam nosso objeto de estudo, a saber: publicidade e consumo, invisibilidade e exclusão social, direitos e cidadania, e, finalmente, vídeo documentário. Após esse processo, escolhemos como método metodológico ideal para a coleta de dados necessários para alcançar os objetivos propostos, a entrevista em profundidade com entrevistas semiabertas e questões semiestruturadas aplicadas aos catadores de materiais recicláveis do lixão da cidade de Esmeraldas, Minas Gerais.
Ao analisarmos as entrevistas aplicadas, concluímos que a publicidade, mesmo em sua forma residual, ainda desperta desejos de consumo, sonhos e, por que não, projeções de vida. Percebemos que a mesma atinge a maioria de tal forma que o desejo se manifesta como em qualquer consumidor potencial. Porém, notamos que esse desejo dá lugar ao sentimento de impossibilidade. A relação dessas pessoas com a publicidade se torna uma espécie de utopia uma vez que o desejo existe, mas a realidade vivida impossibilita a sua realização.
O vídeo nos remeteu para dentro de uma realidade nunca antes vivida, fazendo com que preconceitos fossem quebrados e novos conceitos fossem construídos, à medida que convivíamos com aquelas pessoas. Este projeto nos transformou como pessoas, como cidadãos, trazendo-nos uma visão muito além da teoria. Entramos no universo dos catadores com um sentimento, com várias opiniões e uma visão deturpada daquelas pessoas, porém saímos com uma experiência de vida, tão enriquecedora que jamais conseguiríamos expressar.
Descobrimos que se trata de indivíduos que, embora tenham sonhos e desejos que em sua grande maioria nunca serão realizados, ainda conseguem ter alegria de viver. Ainda que o governo, a sociedade, o consumo, a publicidade, entre outros agentes, muitas vezes não os enxergam, eles possuem seu lugar no mundo, cumprindo a sua função e dando a sua contribuição.
